Acervo

Integrante do célebre conjunto regional Turunas da Mauricéia ao lado dos irmãos Luperce, João (bandolinistas) e Romualdo Miranda (violonista); Augusto Calheiros (cantor) e João Frazão (violonista). Cego de nascença, estudou violão desde cedo destacando-se como solista. Veio para o Rio de Janeiro aos 25 anos, onde apresentou-se, segundo Almirante, “de maneira sui generis: deitado sobre as pernas, tocava violão, dedilhando-o como piano e solando gaitinha de boca”. Matriculado no Instituto Benjamin Constant aprendeu a ler e a escrever utilizando o alfabeto Braile. De volta a Alagoas passou a ser solicitado para recitais na capital e nas cidades do interior do estado. Em 1925, indo tocar no Recife, passou a integrar os Turunas da Mauricéia que no ano seguinte realizaria uma turnê para o Rio de Janeiro. Usando roupas típicas nordestinas e chapéu de abas largas, apresentaram-se no Teatro Lírico sob a aclamação de um público extasiado com o repertório de cocos, maracatus e emboladas, até então pouco conhecido na capital federal. Em fins de 1927, desfeito o conjunto, Manoel Lima retornou ao nordeste onde continuou realizando recitais como solista.

Data de morte aproximada.