Acervo

Figura lendária na história da música popular brasileira por ter introduzido o violão de sete cordas nos conjuntos regionais de choro, com a sétima corda afinada em dó. Iniciou a carreira como executante de bombo e prato na Banda do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro sob a regência de Anacleto de Medeiros. No início da década de 1910 atuou como violonista da orquestra do Cine-Teatro Rio Branco dirigida por Paulino Sacramento. Nessa época propôs que Pixinguinha, então com 15 anos, substituísse o flautista da orquestra Antônio Maria Passos na sua eventual ausência. Pixinguinha acabou sendo efetivado na orquestra, o que contribuiu para o início da sua carreira profissional. Esteve presente em várias gravações realizadas nas primeiras décadas do século XX integrando conjuntos como o Grupo Chiquinha Gonzaga, tendo como solista Antônio Maria Passos, o cavaquinista Nelson Alves e eventualmente a maestrina e pianista Chiquinha Gonzaga; e o Grupo Carioca com Nelson Alves e o trombonista Candinho Silva como solista, que gravou em 1914 a valsa Sonhos de Nair, de sua autoria. A partir da década de 30 atuou na Rádio Mayrink Veiga e na Rádio Nacional como acompanhador do bandolinista Luperce Miranda. Esteve também ao lado de Pixinguinha tocando na Orquestra Victor, no Grupo da Guarda Velha e Os Cinco Companheiros.