Acervo

Flautista e funcionário dos Telégrafos, era pai de Pixinguinha e de mais nove filhos, entre eles vários músicos. Em seu livro O Choro, Alexandre Gonçalves Pinto nos conta que Alfredo Viana tinha um grande arquivo musical de choros antigos e modernos e “tocava de primeira vista”, a princípio em uma flauta amarela de cinco chaves e mais tarde em uma de novo sistema. Pixinguinha, em seu depoimento ao Museu da Imagem e do Som em 1966, conta que seu pai não era profissional, mas de vez em quando fazia uns bailes e “levava três cadernos para tocar três ou quatro choros”. Um desses cadernos, com preciosidades musicais, foi doado ao flautista Berredo e hoje pertence ao arquivo do flautista Gerson Ferreira Pinto. Sua casa no bairro do Catumbi chegou a ser chamada de Pensão Viana, pois além dos filhos, abrigava amigos músicos como o oficleidista Irineu de Almeida, professor de Pixinguinha, e o trompetista Bonfiglio de Oliveira, vindo de Guaratinguetá. Também freqüentavam a casa os músicos Candinho Trombone, Neco, Quincas Laranjeiras, e outros mais. Alfredo Viana compôs a valsa intitulada Tristezas Não Pagam Dívidas.