Acervo
Autores
Enciclopédia Ilustrada do Choro no Séc. XIX
Dante Santoro
Santoro, Dante Italino
- Compositor
- ∙ Flautista
Transferiu-se para o Rio de Janeiro em 1919, exercendo uma longa carreira artística como líder de conjunto regional.
Ingressou na Rádio Educadora, estabelecendo-se posteriormente na Rádio Nacional, onde atuou por um período de 33 anos. Foi líder do Regional Dante Santoro, inicialmente formado por Carlos Lentine ao violão (posteriormente violonista do regional do flautista Benedito Lacerda), Valdemar no cavaquinho, Joca no pandeiro (substituído mais tarde por Jorginho- Jorge José da Silva), e ainda Norival Guimarães, Rubens Bergman e Valzinho nos violões. As substituições eram comuns neste tipo de grupamento, notando-se que com a saída de Bergman passaram a integrar o conjunto César Moreno e César Faria (violões).
Em 1934, lançou seu primeiro disco como solista pela gravadora Victor com as valsas "Beatriz" e "Saudades do Jango", ambas composições de Otávio Dutra. Nesta gravação, foi acompanhado por músicos de destacada atuação na época : Luperce Miranda (bandolim), Artur Nascimento -Tute (violão) e Manoel Lima (violão). No mesmo ano, gravou a primeira composição de sua autoria, a valsa "Hilda". Em 1935, gravou o choro "Não tem para ti" e a valsa "Gilca", ambas de sua autoria. No mesmo ano, gravou a valsa "Subindo ao céu", de Aristides Borges e o choro "Esquecimento", de sua autoria. No ano seguinte, gravou a valsa "Marlene", de sua autoria. Em 1937, lançou o choro "Só na minha flauta" e a valsa "Olhos magos", ambas de sua autoria. No mesmo ano, gravou com seu conjunto a valsa "Dores d'alma", de José Bittencourt e o choro "É logo ali", de sua autoria. Também no mesmo ano, suas valsas "Horas tristes" e "Murmúrios d'alma", parcerias com Corinto Álvares foram gravadas por Manoel Reis na Victor com acompanhmento de seu regional. Ainda em 1937, alcançou sucesso com a valsa-canção "Lágrimas de rosa", composta em parceria com Kid Pepe e gravada em julho do mesmo ano por Orlando Silva com acompanhamento da Orquestra Victor Brasileira dirigida por Radamés Gnattali.
Em 1938, gravou com seu conjunto o choro "Harmonia selvagem" e a valsa "Suzana", de sua autoria. No mesmo ano, Vicente Celestino gravou na Victor sua valsa "Gilka", com letra de Milton Amaral. Em 1939, gravou com seu conjunto o choro "Quando a minha flauta chora" e a valsa "Exaltação", de sua autoria. No mesmo ano, Vicente Celestino duas composições suas com letras de Godofredo Santoro: a canção "Ilusão de garoto" e a valsa "Martírios". Ainda no mesmo ano, acompanhou com seu regional o cantor Murilo Caldas e a cantora Lolita França na gravação do choro "Seu guarda prenda esse homem" e do samba "Lourinha audaciosa". Em 1940, gravou em solo de flauta os choros "Alma de beduíno" e "Teu feitiço", de sua autoria. No ano seguinte, gravou com seu conjunto o maxixe "Amapá", de Juca Storoni e a valsa "Scylla", de sua autoria.
Em 1942, transferiu-se para a Odeon e gravou o choro "Castigando" e a valsa "Sonho", de sua autoria, lançadas no ano seguinte. No mesmo ano, compôs com Sila Gusmão a marcha "Olha o jacaré", gravada por Gilberto Alves na Odeon. Em 1943, sua valsa "Olhos magos" ganhou letra de Godofredo Santoro e foi gravada na Odeon por Orlando Silva. No mesmo ano, Sila Gusmão colocou letra na valsa "Páginas mortas", que foi gravada por Gilberto Alves, também na Odeon. Em 1946, gravou em solos de flauta a polca choro "Deixa prá la" e a valsa "Maria Rosa", de sua autoria. Em 1948, sua valsa "Vidas mal traçadas", com letra de Sila Gusmão foi gravada na Odeon por Francisco Alves e obteve grande sucesso no ano seguinte. Em 1949, gravou com seu regional a valsa "Vidas mal traçadas", que foi um dos destaques do ano e o choro "Silencioso", de sua autoria. No mesmo ano, gravou em solo de flauta o choro "Teimoso", de Otávio Dutra e a valsa "Judite", de sua autoria. Manteve sempre intensa atividade à frente de seu regional tendo acompanhado na Odeon gravações de Jararaca e Ratinho, Dircinha Batista, Joel e Gaúcho e Francisco Alves.
Em 1950, gravou os choros "Flauta selvagem", de Ernad e "Sempre nós", de Otávio Dutra, este, com acompanhamento do grupo vocal Trigêmeos Vocalistas. No mesmo ano, gravou o choro "Urubu malandro", do folclore com adaptação de Louro. No ano seguinte, gravou os choros "Não tem pra ti" e "Teu feitiço", de sua autoria, o baião "Moleque vagabundo", de Louro e Mário Rossi e a clássica valsa "Subindo ao céu", de Aristides Borges. Em 1952, gravou o maxixe "O mulatinho", de Belmácio Pessoa Godinho e os choros "Quando a minha flauta chorou", "Bagaço" e "Chorei", de sua autoria. Em 1953, gravou o baião "Quando eu for bem velhinho", de Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins, o bolero "Lamento árabe", de sua autoria es os choros "Inferno de Dante", de sua autoria e "Estudante", de Arnasldo Passos.
Em 1954, transferiu-se para a Sinter e lançou com seu regional os choros "Delírio chinês" e "No bar do Osvaldo", de sua autoria. No ano seguinte, gravou com seu regional o bolero "Lamento árabe", parceria com Ghiaroni e o choro "Murmúrios", de sua autoria. Em 1956, gravou com seu conjunto a polca "Mate amargo", de sua parceria com Ghiaroni e a valsa "Posso sofrer", de sua autoria, sendo essa sua última gravação, afastando-se gradativamente da vida artísitca a partir de então.