Acervo

Autores

Eduardo das Neves

Neves, Eduardo Sebastião das
  • Cantor
  • ∙ Compositor
  • ∙ Poeta
  • ∙ Palhaço
  • ∙ Violonista

Cantor, compositor. letrista e palhaço de circo, também conhecido como Dudu das Neves, Palhaço Negro, Crioulo Dudu ou Nego Dudu. Foi funcionário da Central do Brasil de onde foi demitido ao participar de uma greve. Foi soldado do Corpo de bombeiros. Teve três filhos, Iracema, Araci e Cândido (Índio) das Neves, figura de grande importância na música popular de seu tempo. Foi uma das figuras mais populares entre artistas do início do século passado e um dos pioneiros a gravar discos no Brasil. Acompanhando-se ao violão em suas gravações, fazia vozes e sons, sendo o precursor do humor na Música Popular Brasileira. Em 1895, iniciou a carreira artística apresentando-se em circos e pavilhões no Rio de Janeiro. Atuou no Circo Pavilhão Internacional, no Parque Rio Branco e no Teatro-Circo François. Em 1900, a Livraria Quaresma publicou "O cantor de modinhas", sua primeira coletânea de versos. Em 1902, a mesma editora lançou o "Trovador da malandragem". No mesmo ano, teve sua primeira composição gravada, a canção "Santos Dumont", também conhecida como "A conquista do ar - A Europa curvou-se ante o Brasil", registrada na Zon-O-Phono pelo cantor Bahiano. Essa canção foi regravada no mesmo ano pela Banda da Casa Edson, sendo depois regravada pelo cantor João Barros na Victor Record, e depois, no selo Brasil, como um dobrado, registrado pela Banda Carioca, provavelmente na mesma época. Foi o organizador da serenata em homenagem a Santos Dumont, realizada em 7 de setembro de 1903, um dos eventos mais importantes dos primórdios da Música Popular Brasileira. Para a ocasião convocou grandes chorões dentre os quais Quincas Laranjeiras, Sátiro Bilhar, Irineu de Almeida, Mário Cavaquinho, Chico Borges, entre outros. Na temática de alguns de seus lundus estão assuntos do cotidiano da cidade como, "O aumento das passagens", "O bombardeio", "O cinco de novembro (ou O marechal)", " A guerra de Canudos", "Uma entrevista com Fregoli", mas, no contexto geral de suas obras, destacam-se a cançoneta "Homenagem a Santos Dumont" (A Europa curvou-se ante o Brasil), e a versão que fez para a canção napolitana "Vieni sul mar", que ele próprio gravou pela Casa Edson e que se tornou amplamente conhecida como "Ó Minas Gerais", já que a música homenageava a nau capitânia da Marinha de Guerra do Brasil, batizada com o nome do estado brasileiro. Em 1907, gravou na Odeon, de sua autoria, os lundus "O soldado que perdeu a parada", "E eu nada", "Bolim-bolacho", "Marocas", "Iaiazinha" e "Pai João". Em 1908, gravou a "Canção do marinheiro", a modinha "Quando o meu peito" e os lundus "Pai João" e "Aurora", de sua autoria. No mesmo ano, gravou com Isaura Lopes os duetos "O maxixe" e "A mulata e o crioulo". Em 1909, gravou os lundus "Menina, teu pai não quer", "O ano novo", "Angélica" e "Babo-me todo". No mesmo ano, gravou em dueto com Mário Pinheiro o lundu "O malandro" e o cômico" e "Os dois bêbados". 

Morte

1919

Data detalhada de falecimento

11.11.1919

Fonte de pesquisa

Dicionário Cravo Albin

Natural

Rio de Janeiro - RJ