Acervo
Autores
Enciclopédia Ilustrada do Choro no Séc. XIX
Álvaro Carrilho
Carrilho, Álvaro de Aquino
- Compositor
- ∙ Flautinista
- ∙ Flautista
De família numerosa e muito musical, Álvaro gozou desde cedo da companhia de avô e tios instrumentistas, além de seu irmão, Altamiro, que logo se destacaria como um dos mais bem-sucedidos flautistas de choro. Seu contato com a música inicia-se numa flautinha de bambu, de onde já tirava choros sem qualquer dificuldade e com a qual iria compor preciosidades como o choro Chorando em Barbacena.
Em 1943 muda-se para o Rio de Janeiro com a família, indo morar no bairro de Bonsucesso. Em 1956, casa-se e muda-se para Copacabana com Zélia Lana, com quem teve os filhos César e Maurício, que mais tarde viria a ser violonista. Na década de 1970, mesmo sem poder dedicar-se completamente à música, Álvaro apresenta-se na Rádio Guanabara (Programa do Guri), ao lado dos violonistas Manoel da Conceição e Baden Powell, e também acompanhando as então jovens cantoras Claudete Soares e Ellen de Lima. Choros como Na Sombra da Caramboleira e Tangerina representam bem seu estilo de composição nessa década. Mas é só a partir de 1981, quando se aposenta, que o flautista passa a dedicar-se mais à música, tocando em bares, teatros e praças. Na flauta transversa compõe parte de sua produção mais moderna, como o Choro Torto, a valsa Zélia, Sentimento Carioca, e Inaugurando.
Em 2000, atua como um dos fundadores da Escola Portátil de Música, e logo forma um grupo com Índio do Cavaquinho, Valter 7 Cordas, Caçula e Valdir Mandarino, gravando com eles seu primeiro disco. Com músicas próprias e outras em parceria com Altamiro Carrilho, Gerson Mesquita e Wellington Santos, o CD inaugura o catálogo da Acari Records, primeira gravadora brasileira especializada em choro.