Acervo
Autores
Enciclopédia Ilustrada do Choro no Séc. XIX
Aymoré
Silva, José Alves da
- Cavaquinista
- ∙ Compositor
- ∙ Violeiro
- ∙ Violonista
Começou tocando cavaquinho e depois aprendeu a tocar viola e violão. Em 1927 estreou no Teatro São Paulo ao lado de Jararaca e Ratinho, Canhoto e Paraguassu. Em 1928 passa a integrar o conjunto Chorões Sertanejos, de Raul Torres, e no ano seguinte grava seu primeiro 78 rpm, na Parlophon.
Em 1930 conhece Aníbal Augusto Sardinha, que mais tarde ficaria conhecido como Garoto, formando com ele uma dupla que se apresentava em rádios e festas. Em 1933 integra o Regional de Armandinho, na Rádio Record de São Paulo, adotando o nome artístico Aymoré. Em 1934, contratado pela Rádio Cosmos de São Paulo, participa do conjunto regional de lá, dirigido por Petit (Hudson Gaia). No ano seguinte organizou um trio com Petit e Garoto, apresentando-se no salão nobre do Edifício Martinelli. Com o fechamento da Rádio Cosmos, a dupla Aymoré e Garoto vai para a Mayrink Veiga, no Rio de Janeiro, por indicação de Sílvio Caldas.
Em 1942, Aymoré forma o regional da Rádio Difusora de São Paulo. Em fins do mesmo ano, atua na Rádio Cruzeiro do Sul de São Paulo, onde organiza novo conjunto. Apresenta-se também em programa próprio, solando ao violão. Entre 1950 e 1961, trabalha como arquivista da orquestra do Teatro Municipal de São Paulo, e participa de seus programas de ópera. Acompanha Vanja Orico na trilha sonora do filme O cangaceiro, de Vítor Lima Barreto, sob a direção do maestro Gabriel Migliori, em 1953. Cinco anos depois, trabalha com Camargo Guarnieri na trilha do filme Rebelião em Vila Rica, direção de Geraldo e Renato dos Santos Pereira. Em 1974 participa da gravação do LP de Poli (Músicos maravilhosos), pela Chantecler, em que foi homenageado junto com Garoto, acompanhando o choro Quinze de Julho, parceria da dupla.