Acervo
Autores
Enciclopédia Ilustrada do Choro no Séc. XIX
Claudionor Cruz
Cruz, Claudionor
- Cavaquinista
- ∙ Compositor
- ∙ Violonista
Filho de família numerosa e musical, Claudionor tinha 21 irmãos, vários dos quais seguiam a trilha do pai, mestre de banda, tocando trombone, trompete ou bombardino. Claudionor começou tocando caixa e bumbo, passando depois para o cavaquinho, o violão e finalmente o violão tenor, que passa a ser seu instrumento principal durante toda a vida. Muito habilidoso, também tocava bateria e clarinete.
No início da vida artística, tocava com seu regional no Circo Dudu, na Praça da Bandeira. Sua carreira começa a se consolidar já aos 17 anos, quando é chamado pelo Almirante para trabalhar na Rádio Tupi. Depois dessa experiência, Claudionor ingressa com seu regional nas rádios Globo, Nacional e Mundial, sendo, mais tarde, um dos primeiros grupos a atuar na televisão, tocando nas TVs Rio e Educativa no Rio de Janeiro, e nas TVs Excelsior e Cultura de São Paulo.
Por quase 30 anos foi o líder do Regional do Claudionor Cruz, que disputava com o Regional de Benedito Lacerda a preferência dos músicos e cantores de maior prestígio. A formação do grupo, que não tinha cavaquinho, criou sonoridade própria e facilmente reconhecível. Com ele participou de mais de 400 gravações, acompanhando cantores como Francisco Alves, Augusto Calheiros, Orlando Silva e Moreira da Silva, nas gravadoras Continental, Odeon e RCA Victor.
No início da década de 1970, quando o espaço para os regionais desapareceu do rádio e da televisão, Claudionor abandonou a música para só retornar dez anos depois, quando uma fase de retomada do choro faz com que volte a se apresentar nos palcos dos teatros e tevês. Claudionor compôs muitos sambas e canções que ficaram entre os clássicos da música brasileira. Com Pedro Caetano, seu parceiro mais constante, criou mais de 300 músicas, dentre as quais as célebres Nova ilusão e Caprichos do destino.