Acervo

Nascido em Mata Grande, interior de Alagoas, aos oito anos se mudou com a família para a cidade de Pedra de Delmiro Gouveia, onde conheceu Quincas, o cavaquinista da cidade, e se encantou por esse instrumento. Ganhou um cavaquinho de seu pai às dez da manhã e, segundo seu próprio relato, só parou de tocar às quatro da tarde.

Em 1938 foi convidado pelo maestro da banda, João Ribeiro, para fazer parte de seu conjunto. Em 1939, com apenas 15 anos, ingressou na Jazz Banda de Delmiro Gouveia, onde ficou até 1942. No ano seguinte atuou pela primeira vez em uma emissora de rádio, a PRJ6 Radio Difusora de Sergipe, como integrante do grupo vocal Ases de Demônio. Em 1945, o destino levaria o rico industrial nordestino Cândido de Brito ao Bar Iolanda, onde o Índio se apresentava. Impressionado com o talento do jovem músico, o empresário o convida para trabalhar em sua fábrica no Rio de Janeiro.

Na cidade Índio é apresentado a Orlando Silva, Geraldo Pereira, Sinval Silva e Ciro Monteiro. Mais tarde, por intermédio do violonista Flores, passa a acompanhar Ataulfo Alves. Atuou nos conjuntos vocais Ianques do Sul e Imperadores do Ritmo. Trabalha durante um ano no regional de César Moreno. Depois forma o seu próprio conjunto, que contava com Arthur Duarte (violão de 7 cordas), Lincoln (violão) e Luna (pandeiro). Com este regional atua em várias estações de rádio e grava seu primeiro disco pelo selo STAR, em 1950. Em 1952, a convite de Dante Santoro,  ingressa na Rádio Nacional, onde permanece até 1974. Em 1954 foi contratado pela Columbia, onde grava oito discos 78 rpm. Em 1955 grava dois LPs na Polidor e ainda um LP no selo Albatroz. Após 45 anos, convidado por Mauricio Carrilho, retorna aos estúdios para gravação de seu primeiro CD. Lançado pela Acari Records em 2000, o disco contou com a participação de músicos como Álvaro Carrilho, Edgard Duvivier, Jorginho do Pandeiro, Luciana Rabello, Maurício Carrilho, Paulo Sérgio Santos, Pedro Amorim, Zé da Velha, entre outros.