Acervo

Juventino Maciel morou boa parte de sua vida em Rio Bonito, interior do estado do Rio. Na capital, conviveu com grandes chorões de sua época, entre eles Pixinguinha e Jacob do Bandolim que, em 1967, gravou seu choro Cadência no histórico LP Vibrações, eternizando o nome de Juventino entre os clássicos do gênero.

Como compositor, Juventino Maciel deixou cerca de 200 choros e valsas, a maior parte ainda inédita. Seu filho e seu irmão (o bandolinista Ricardo Maciel e o violonista Walter Maciel) têm trabalhado no sentido de divulgar e registrar sua obra, tendo inclusive batizado as músicas que o compositor deixou sem nome. Outra iniciativa totalmente dedicada à obra de Juventino revelou-se no disco de estréia do grupo Regional Carioca. Lançado em 2006 pela Acari Records, este trabalho de jovens músicos mostrou ao público quatorze músicas do compositor, entre as quais a consagrada Cadência, o choro Mexeriqueiro, e a valsa Choppiniana - essa batizada por Jacob do Bandolim.

Em 2009, o bandolinista Marcílio Lopes também dedicou ao repertório de Juventino o show que montou com um grupo de chorões e professores da Escola Portátil de Música para o Projeto Choro na Barca, no Rio de Janeiro. Durante uma hora de viagem até a Ilha de Paquetá, e tendo como convidados o já citado Ricardo Maciel e o também bandolinista Pedro Amorim, o grupo ofereceu aos passageiros da barca a chance de ouvir várias composições ainda inéditas de Juventino, além de outras, já presentes nas rodas. O clássico Cadência fechou a apresentação.