Acervo
Autores
Enciclopédia Ilustrada do Choro no Séc. XIX
Paulinho da Viola
Faria, Paulo César Baptista de
- Cantor
- ∙ Cavaquinista
- ∙ Compositor
- ∙ Violonista
Filho de César Faria, violonista do conjunto Época de Ouro, o menino Paulinho desde criança conviveu com músicos da estirpe de Pixinguinha e Jacob do Bandolim, que frequentavam sua casa. Embora seu pai lhe desejasse outra carreira, começa a estudar violão sozinho, aperfeiçoando-se mais tarde com o amigo Zé Maria. Em 1963, enquanto estudava contabilidade e trabalhava num banco, foi convidado a entrar para a Portela por seu tio Oscar Bigode, então diretor de bateria da escola. Lá, pouco tempo depois, compõe Recado, em parceria com Casquinha. Pouco depois, Hermínio Bello de Carvalho o apresenta a Cartola, que o chama para apresentar-se no Zicartola, onde faz show com Zé Keti e recebe seu primeiro cachê. Zé Kéti e Sérgio Cabral dão-lhe o nome artístico de Paulinho da Viola, que o seguiria por toda a vida. A partir de 1964, passa a dedicar-se exclusivamente à carreira musical.
Em 1965 integra o conjunto A Voz do Morro (c/ Elton Medeiros, Jair do Cavaquinho, Zé Kéti, Anescarzinho do Salgueiro e Nelson Sargento), gravando cinco de suas composições em dois LPs do grupo. Em 1965, participa do antológico musical Rosa de Ouro, ao lado de Nelson Sargento, Elton Medeiros, Anescarzinho do Salgueiro, Clementina de Jesus e Jair do Cavaquinho, entre outros. Em 1966, a Portela vence o carnaval com seu samba-enredo Memórias de um sargento de milícias. Em 1968 participa da 1ª Bienal do Samba, da TV Record de São Paulo, classificando em 5º lugar o samba Coisas do mundo minha nega. Em 1969, vence o Festival da Record com Sinal fechado. Em 1970, produz o primeiro disco da Velha-Guarda da Portela e lança Foi um rio que passou em minha vida, um de seus maiores sucessos. Em 1975 integra a delegação brasileira no Festival do MIDEM em Cannes. Daí em diante, sua obra (sozinho ou com parceiros como Elton Medeiros, Hermínio Bello de Carvalho, Candeia, Capinan, Sergio Natureza e Salgado Maranhão) vai sendo gravada em seus próprios discos e também por intérpretes, como Elizeth Cardoso, Clara Nunes, Elza Soares, Beth Carvalho, Luiz Melodia, Amélia Rabello e muitos outros.
Em 1994, o grupo Galo Preto o homenageia lançando pela Leblon Records o CD Só Paulinho da Viola. Em 2002 o jornalista João Máximo lança a biografia Paulinho da Viola - sambista e chorão, pela série Perfis do Rio. Em 2003, é lançado o filme Meu tempo é hoje, documentário sobre sua vida e obra com direção de Izabel Jaguaribe e roteiro de Zuenir Ventura. Em 2006 sai pela Trama o DVD Paulo César Baptista de Faria - Grandes Nomes, gravado de um especial da TV Globo, com participações de Zezé Motta, Copinha, Nelson Sargento, Jair do Cavaquinho e Anescarzinho do Salgueiro, Canhoto da Paraíba e Radamés Gnattali. Em 2008 Paulinho da Viola é o grande premiado no 6º Prêmio Tim de Música: Melhor Cantor, Melhor Disco e Melhor Canção, com a composição Vai dizer ao vento. Em 2012, quando completa 70 anos de idade, faz show no Rio de Janeiro e em Nova York, onde os jornais o tratam como "O maior sambista vivo do Brasil". Recebe muitas homenagens e a gravadora EMI-Music lança uma caixa com 11 de seus discos remasterizados.