Acervo

Autor da valsa Subindo ao Céu, clássico do repertório da música popular brasileira, iniciou seu aprendizado musical aos nove anos, estudando piano com a irmã Albertina, aluna do maestro Francisco Braga. Seu pai, Manuel Borges, era português de Penafiel e trabalhava como maquinista na Estrada de Ferro Central do Brasil. Sua mãe, Rita Margarida, era carioca, dona de casa, mãe de nove filhos. Aos 16 anos começou a tocar em casas de família e paralelamente empregou-se como tipógrafo na Imprensa Nacional. Durante as três primeiras décadas do século XX tocou piano em clubes e sociedades carnavalescas como o Clube Dramático Eugênio da Silveira e o Imperial Clube de São Cristóvão. Aos 24 anos — em 1908 — fez sua primeira composição: o tango Tenentes, dedicado ao clube carnavalesco Tenentes do Diabo, executado pela banda da agremiação. A famosa valsa Subindo ao Céu foi composta em 1912, sendo muito tocada em bailes e cinemas da época. Seu primeiro registro fonográfico, entretanto, só ocorreu 23 anos mais tarde, com a gravação do flautista gaúcho Dante Santoro. A partir de então a valsa foi regravada por vários artistas, de norte a sul do país, entre eles, Luís Gonzaga (1944), Jacob do Bandolim (1956), Carlos Poyares e Regional do Canhoto (1965), Altamiro Carrilho e conjunto (1977), Canhoto da Paraíba (1977) e Artur Moreira Lima (1978). Aristides Borges compôs também maxixes, fox-trots, tangos argentinos, mazurcas, rag-times e marchas, editados pela Casa Viúva Guerreiro e pela Casa Beethoven