Acervo

Aos oito anos de idade, órfão de pai e mãe, ingressou no Colégio de Meninos Desvalidos. Demonstrando raro talento musical, matriculou-se no Conservatório de Música aos 17 anos, onde estudou clarinete, harmonia e contraponto. Concluindo o curso, estreou sua primeira peça orquestral, uma Fantasia apresentada pela Sociedade de Concertos Populares. Foi nomeado professor de música e regente da banda de música de seu colégio. No ano da Proclamação da República inscreveu-se no concurso para escolha do novo hino nacional ao lado de Lepoldo Miguez e Alberto Nepomuceno. Classificando-se entre os quatro primeiros, recebeu como prêmio uma bolsa do governo para estudar na Europa durante dois anos. Estudou com o mestre Massenet em Paris e seu desempenho foi tão notável que, quando o prazo de sua bolsa expirou, Massenet pediu ao governo brasileiro que a prorrogasse por mais dois anos. Foi atendido e Francisco Braga permaneceu na Europa, período em que aperfeiçoou-se na Alemanha e na Itália. De volta ao Rio de Janeiro em 1900, apresentou-se em concertos exibindo sua obra sinfônica em vários teatros. Foi nomeado professor de contraponto, fuga e composição do Instituto Nacional de Música. Compositor prolífico, além de sua obra sinfônica compôs dobrados e hinos, entre outros gêneros, que tornaram-se peças clássicas do repertório das bandas de música no Brasil, como é o caso do Hino à Bandeira (com versos de Olavo Bilac), e do famoso dobrado Barão do Rio Branco.