Acervo

Aprendeu a tocar piano aos nove anos, tirando de ouvido os dobrados tocados pela banda de sua cidade natal. Aos 13 anos mudou para São Paulo com a família, quando fez sua primeira composição, a valsa Cruz Vermelha, inspirada no hospital infantil da cidade, editada com financiamento de seu pai. O sucesso alcançado a partir da venda da música, em caráter beneficente, inspirou-o a compor outras peças, que enviava à editora Campassi & Camin. Transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde cursou a Faculdade de Medicina de 1919 a 1925, quando começou a exercer a profissão de médico, paralelamente à atividade de compositor. Compôs tangos, maxixes, sambas, marchas, fox-trots e canções que começaram a ser gravados na década de 1920. Mas foi só em 1930, com o sucesso estrondoso da marcha Ta-hi (Pra Você Gostar de Mim), lançada pela novata Carmen Miranda, sua principal intérprete, que suas músicas passaram a ser gravadas por grandes artistas da Era do Rádio como Sílvio Caldas, Gastão Formenti, Orlando Silva, Francisco Alves, Carlos Galhardo e por orquestras de renome como o Jazz Band Sul-Americano Romeu Silva e a Orquestra Pan-American do Cassino Copacabana. Outros sucessos de Joubert de Carvalho: o cateretê De Papo p’ro Á, em parceria com Olegário Mariano, regravado pelo violonista Laurindo de Almeida (1940), por Orlando Silveira e seu conjunto (1956) e por José Menezes em solo de cavaquinho; e a canção Maringá, gravada por Gastão Formenti (1932) e mais tarde por Lírio Panicalli e sua Orquestra (1950). Joubert de Carvalho também foi autor de hinos e marchas como a Marcha das Bandeiras e Viva São Paulo, gravadas pela Banda da Força Pública do Estado de São Paulo.