Acervo

Corrêa iniciou seus estudos em flauta e violão com seu pai e foi posteriormente foi aluno de Antônio Rayol, fundador da Escola de Música do Maranhão em 1901. Mudou-se para Manaus em 1896 para estudar na Academia Amazonense de Bellas Artes, e retornou para São Luís em 1900 para estudar na Escola de Música do Estado do Maranhão, sendo o primeiro diplomado dessa instituição, em 1902. Foi fundador da Sociedade Musical Maranhense, atuando como flautista e regente em concertos, cinemas, clubes e como professor particular de música, com breve passagem por Cururupu em 1906 e Belém em 1908. Além de música dramática, compôs várias peças de música popular entre schottischs, polcas, tangos, valsas e galopes. Em um concurso promovido por uma editora parisiense, Adelman Corrêa recebeu, em 1915, uma medalha de ouro pela valsa Rosalaura, dedicada a sua filha. Esta valsa recebeu um arranjo para dois pianos do compositor e pianista Radamés Gnattali. Formou-se na primeira turma da então Faculdade de Direito de São Luís, e paralelamente à atuação musical, atuava como tabelião. Foi um importante crítico de música, possuindo textos publicados em diversos jornais do Maranhão sobre resenhas de concertos e o contexto musical do Estado. Liderou a criação da Sociedade Musical Maranhense (SMM) em 1918, responsável pela organização de concertos e o ensino de arte e música no Maranhão até 1947. Durante o estado de sítio decretado em 1926 pelo então governador do Maranhão, Godofredo Viana, foi perseguido e encarcerado por 18 dias por ser redator-chefe da Folha do Povo, jornal de oposição. Na década de 1940, foi regente da orquestra da Rádio Timbira, que contratava músicos para transmitir concertos ao vivo. Faleceu em 1947, deixando obras orquestrais, operetas, danças de salão instrumentadas e peças para flauta.